segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Tente...

Feche seus olhos. Respire profundamente. Tente sentir o mundo em torno de você. O que você ouve, o que você cheira. O que está em volta quando não é óbvio, quando você não pode ver o que se aproxima. 
            Abra seus olhos. Afaste-se do computador por alguns momentos. Olhe por uma janela. Tente olhar para o horizonte, se isso for possível.  Tente ver o mundo, para além de você, para além do seu mundo. 
            Abra uma torneira, e deixe água escorrer sobre a sua mão. Feche a torneira, mas não seque as mãos. Coloque-as no sol por alguns momentos. Sinta a diferença do frio da água e do calor do fogo.  
            Ao voltar para casa, pare por alguns momentos na calçada. Se afaste do fluxo de pessoas que vão e vem. Observe-as por alguns momentos... estranhos próximos, cada pessoa tão imersa em seus próprios problemas quanto você está... tão imersas em seu próprio mundo que provavelmente não vão notar você. Ou talvez não. Poucas coisas são tão surpreendentes quanto receber um bom dia, boa tarde ou boa noite no meio da multidão da cidade. 

Eu sei que é impossível seguir os conselhos acima apenas lendo este texto, encare-os como uma sugestão. Tudo o que sugeri tem como objetivo apenas uma coisa: lembrar que há muita coisa no mundo que vale a pena, mas que normalmente estamos ocupados demais para prestar atenção nisso.  

Imagine o que muitos pensam. Eles podem acreditar ou não em um deus, ou deuses. Podem crer, mas não têm certeza. Podem sentir-se bem quando colocam as mãos sob o sol, mas a sensação é tão vaga. Cientistas podem explicar sobre termo-receptores, e o porquê da sensação boa ao calor do sol. Cientistas podem dar o nome de cada uma das folhas de capim ou um pedaço de mato, assim estragando por completo o mato. 

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