domingo, 21 de dezembro de 2008

10 Segundos.

   Arma em minha mesa.
Minha mesa, onde passei meus maiores momentos de glória. O pavor, o pavor. Me possui de uma forma inesperada. Como se fosse um demônio possuindo o grotesco e repugnante corpo de uma pessoa comum. Pessoas comuns me trairam e ma traem a todo instante.

   Arma e minha mão.
Minha mão, o curvado golpe mortal ao fim de todas as coisas. O horror, o horror. Eu o abraço, purificando assim minha suja e obscura alma. A alma, comunicação entre mente e corpo. Meu corpo, onde se localizam meus olhos, frios e com movimentos calculistas. O cálculo, ferramenta base para os pensamentos mais brutais e sangüinários imaginados na mente humana. A mais secreta e obscura ferramenta usada por mim. A mente, esta sim. Lembranças permanecem. Desde um doce e delicado beijo de uma ingênua e meiga criança, sentido em seu rosto à mais selvagem e ardente transa de inesquecíveis três horas.

   Arma em minha cabeça.
Minha cabeça, o mais importante item na realização de meus desejos mais íntimos. O amor, o amor. Já o perdi, junto com todos estes pensamentos que consegui ter em apenas 10 Segundos que me levaram ao mais triste e angustioso destino.

Escrito por Eddy Uivo-Certeiro, em agosto de 2000.

4 comentários:

Anônimo disse...

Realmente tem um tempo esse texto...muito interessante, pois me faz refletir um pouco...escrito em momentos de tristeza ou ira?

tenho um belo texto bem parecido!

ScientiaEoVerum disse...

este texto eh das antigas

Ludmilla Cardoso de Oliveira disse...

to pasma, você é tipo, MUITO BOM nisso! adorei, amei, to apaixonada por este texto.

Anônimo disse...

Mass Copiou trechos de um antigo jogo de 64...